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Dia do Protesto Mundial contra o Uso do Eletrochoque: Por um tratamento humano e digno

. O objetivo desse dia é promover a reflexão sobre os impactos físicos, psicológicos e éticos do uso do eletrochoque como forma de tratamento, além de destacar a importância de abordagens mais humanas e respeitosas na área da saúde mental. Neste artigo, exploraremos os fundamentos desse protesto, seus objetivos e a necessidade de repensar os métodos de tratamento utilizados.

O uso do eletrochoque na saúde mental:

O eletrochoque, também conhecido como terapia eletroconvulsiva (ECT, na sigla em inglês), é uma prática que tem sido aplicada historicamente no tratamento de certas condições de saúde mental, como a depressão grave e a catatonia. Consiste na aplicação de corrente elétrica no cérebro, induzindo uma convulsão controlada. No entanto, essa técnica tem gerado controvérsias devido aos possíveis efeitos colaterais, à falta de consenso sobre sua eficácia e aos questionamentos éticos em relação à sua utilização.


Os objetivos do Dia do Protesto:

O Dia do Protesto Mundial contra o Uso do Eletrochoque tem como principais objetivos chamar a atenção para os potenciais danos causados por essa prática, promover uma reflexão crítica sobre os métodos de tratamento em saúde mental e defender abordagens mais humanas, baseadas em evidências científicas e no respeito aos direitos humanos. Além disso, busca incentivar o diálogo entre profissionais de saúde, pacientes, familiares e a sociedade em geral, visando a construção de alternativas terapêuticas mais seguras, eficazes e éticas.



Repensando o tratamento em saúde mental:

É fundamental repensar o tratamento em saúde mental, buscando abordagens que priorizem a individualidade, a autonomia e a dignidade dos pacientes. A partir de uma perspectiva mais ampla, é necessário investir em políticas públicas que promovam a prevenção, o acesso equitativo aos serviços de saúde mental e a valorização de abordagens terapêuticas baseadas em evidências científicas e na escuta atenta dos pacientes.


Alternativas terapêuticas mais humanas:

Felizmente, existem alternativas terapêuticas que têm se mostrado eficazes e menos invasivas do que o eletrochoque. Terapias psicossociais, como a terapia cognitivo-comportamental, a psicoterapia e a terapia ocupacional, têm trazido resultados positivos no tratamento de diversas condições de saúde mental. Além disso, o apoio familiar, a criação de redes de suporte e a promoção de um ambiente acolhedor e livre de estigmas são aspectos essenciais no cuidado integral das pessoas que enfrentam desafios emocionais e mentais.

Durante o governo brasileiro anterior, uma proposta controversa foi levantada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), vinculada ao Ministério da Saúde, sugerindo o uso de eletrochoque em pacientes autistas com grau elevado de autismo ou comportamento violento decorrente do transtorno. No entanto, essa prática não possui embasamento científico para pessoas com autismo. Essa proposta gerou debates e críticas, uma vez que não há comprovação de eficácia e não está segundo as diretrizes internacionais para o tratamento do autismo.


Conclusão: 

O Dia do Protesto Mundial contra o Uso do Eletrochoque nos convida a refletir sobre a necessidade de repensar os métodos de tratamento em saúde mental, buscando abordagens mais humanas, éticas e eficazes. É fundamental promover a conscientização sobre os potenciais danos causados pelo uso do eletrochoque, assim como incentivar a pesquisa e o investimento em terapias alternativas baseadas em evidências científicas. Somente por uma abordagem integrada, respeitosa e centrada na pessoa, poderemos oferecer um cuidado verdadeiramente efetivo e promover o bem-estar emocional e mental de todos.

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